sábado, 14 de dezembro de 2013

COLONOS DA FAMÍLIA MALMANN


COLONOS DA FAMÍLIA MALMANN



JACÓ MALMANN consta da "Relação dos colonos alemães vindos por conta do governo da província do Rio de Janeiro, e que existem atualmente em Petrópolis", elaborada pela Diretoria da Imperial Colônia de Petrópolis, e datada de 30.12.1859, como tendo mulher e 4 filhos.

JOÃO PEDRO MALMANN era proprietário do Prazo de Terras nº 3.422, do Quarteirão Presidência.

Estes colonos teriam vindo para a colônia de Petrópolis em 1845.

Outros colonos da família MALMANN foram para o sul do País, especificamente para a cidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul. Ali, o descendente ORESTES JOSUÉ MALMANN, através de seu blog "Um povo sem história é um povo sem raiz" (http://orestesmallmann.blogspot.mx/), estudioso da genealogia das famílias alemãs, procura divulgar fatos históricos do Vale do Taquari.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Brasil: dialeto do baixo-alemão torna-se segunda língua oficial de cidade gaúcha

No Brasil, quase dois milhões de pessoas falam o hunsriquiano rio-grandense, especialmente nas cidades que foram fundadas por imigrantes alemães. O dialeto é ensinado nas escolas e é parcialmente reconhecido como segunda língua oficial. Mas aí já vai um longo caminho. 

 – A língua dos Montes Hunsrück –

“Hunsrickisch wód de énsiche chprooch, wo ich wust chpreche bis ich in di chuhl gang sinn“, disse um jovem do Brasil. Ele chamou seu dialeto de Riograndenser Hunsrückisch (hunsriquiano rio-granden-se), que é composto de partes do chamado Hunsrück Platt – o baixo-alemão dos Montes Hünsruck –, derivado do baixo-alemão de Morbach, Idar-Oberstein, Rheinböllen, Simmern e Kastellaun – cidades do Estado da Renânia-Palatinado, sudoeste da Alemanha.

No entanto, esse dialeto tornou-se uma língua de ortografia baseada no português, é ensinado nas escolas e às vezes até reconhecido como um segunda língua oficial. Mas até aí, foi preciso que passasse o tempo.

– A iniciativa tem sucesso –
 
Para muitas crianças, o hunsriquiano é a primeira língua que aprendem em casa com seus pais ou avós. No entanto, na escolam eles devem falar português, que lhes parece como uma língua estrangeira.
O apoio ao hunsriquiano formou-se em 2004, com a iniciativa “Opção pelo Hunsrik”, de Solange Hamester Johann, autora do manual Mayn Eyerste 100 Hunsrik Werter (Minhas Primeiras 100 Palavras em Hunsriquiano). Juntamente com o professor Mabel Dewes, em 2004, eles convidaram cientistas alemães e especialistas ao Brasil para trabalhar em uma nova ortografia do dialeto. Isto deve ser mais adaptado à pronúncia do português para ajustar a ortografia do hunsriquiano rio-grandense ao tipo de escrita na região da América Latina.

Assim, a linguagem deve ser fortalecida e preservada para as futuras gerações para que permaneça, diz Dewes. A nova ortografia é usada agora nos jornais locais, nas revistas e nas histórias em quadrinhos para crianças.

– Ensino da língua materna –

 Em 2009, sucedeu-se a iniciativa de aplicar o ensino do hunsriquiano nas escolas primárias do município de Santa Maria do Herval, no Rio Grande do Sul . A professora Ursula Wiesemann, que tem trabalhado como especialista na nova ortografia, explica que é direito dos filhos de imigrantes alemães o de ser alfabetizado em sua língua nativa. Metade das classes e uma parte da alfabetização passou a ser agora realizada no hunsriquiano rio-grandense. Isso reforça a confiança das crianças que falam, principalmente na área de recreação, no dialeto local.

O sucesso da iniciativa pode ser visto também em outras áreas: em diversos jornais locais, Solange Hamester Johann escreve agora uma página própria de Hunsrück, três estações de rádio locais colocaram mais programas em hunsriquiano, e o padre católico da igreja prega no dialeto e, com isso, motiva até mesmo os coirmãos de outras igrejas.

Linguistas, como Solange Hamester Johann, Ursula Wiesemann e Cléo Altenhofen,
estão à frente do trabalho de ensino e preservação do hunsriquiano rio-grandense.

Em um Estado vizinho, chega-se mesmo a ir mais longe, para que seja introduzido o hunsriquiano como a segunda língua oficial auxiliar. Lá a língua será agora discutida em sala de aula e serão falados nos órgãos públicos o dialeto juntamente com o português. O próximo passo será entregar as aulas de hunsriquiano para além da quarta série e treinar professores nativos. “Por que o hunsrik é a língua germânica mais falada no Rio Grande do Sul e, mesmo assim, não está incluída no Censo?”, diz Solange Hamester Johann. Isso deve mudar em um futuro próximo.

Uma vez que agora existe, porém, uma ortografia adaptada ao português, o alto-alemão no Brasil vai-se perdendo cada vez mais. Enquanto o português é usado como base para discutir o hunsriquiano rio-grandense, o alto-alemão torna-se supérfluo. Os falantes nativos de alemão terão dificuldades para ler e entender o dialeto.

Assim, o hunsriquiano brasileiro acopla-se acada vez mais ao hunsriquiano falado na Alemanha. Por isso, a resistência vai se formando agora no Brasil: o linguista Cléo Altenhofen, considerado um especialista em hunsriquiano, exige uma ortografia para o hunsriquiano mais orientada para a ortografia da língua alemã.

No entanto, a iniciativa “Opção pelo Hunsrik” alcançou grande sucesso. Enquanto isso, há mesmo no Brasil uma tendência de outras línguas que surgiram a partir da imigração, e que ainda são dificilmente usadas na fala, servirem-se em algumas comunidades como língua cooficial. A tolerância para com os dialetos aumentou após a fase de imigração.

Sob o lema “Das is unsere chprooch!” (“Esta é nossa língua!”), há um blogue para leitura sobre o hunsriquiano rio-grandense, com pequeno texto em hunsriquiano e em português, e exercícios de gramática.

(Tradução de Ronaldo Santos Soares)
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As construções de Santa Maria do Herval, no Rio Grande do Sul, são testemunho da influência cultural
dos imigrantes alemães que chegaram à região no século XIX.

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– Um pouco mais sobre o hunsriquiano do Brasil –

O hunsriquiano é falado por aproximadamente um milhão de pessoas, nos Estados do Espírito Santo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Nas cidades de Antônio Carlos, em Santa Catarina, e de Santa Maria do Herval, no Rio Grande do Sul, a língua tem caráter cooficial ao lado do português.

A língua foi trazida por imigrantes alemães que vieram à região poucos anos depois da independência do Brasil, ocorrida em 1822. Por isso, a língua, vinda do baixo-alemão, tornou-se praticamente de fala restrita no sul do Brasil, enquanto na Renânia-Palatinado foi cada vez mais tornando-se predominante o alto-alemão, que é a base da língua alemã padrão.
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 BOST, Bodo. Brasilien: Hunsrücker Platt wird zweite Amtssprache.
 Do sítio Volksfreund.de – seção Nachrichten, subseção Region – Hochwald.
 Tréveris, Renânia-Palatinado, Alemanha.
 Publicado em: 23 maio 2012.

[Fonte: ventosdalusofonia.wordpress.com]

sexta-feira, 24 de maio de 2013

COLONOS ALEMÃES DA FAMÍLIA KNIEBEL


Consta haver sido o primeiro colono dessa família NICOLAU KNIEBEL, que viajou para o Brasil no navio "Pampas", chegando ao Porto do Rio de Janeiro em 16 de outubro de 1845. 

Em 1859, NICOLAU KNIEBEL já possuía mulher e seis filhos, conforme "Relação dos colonos alemães vindos por conta do governo da província do Rio de Janeiro, e que existem atualmente em Petrópolis" publicada pela  Diretoria da Imperial Colônia de Petrópolis, em 27 de Dezembro de 1859 (Tribuna de Petrópolis, edição do dia 10 de janeiro de 1958).

Em Petrópolis, ele recebeu o Prazo de Terras nº 3.421, do Quarteirão Presidência.

domingo, 28 de abril de 2013


A FAMÍLIA DO COLONO ALEMÃO WEBER (1858)


José Kopke Fróes


"Fonte preciosa de informações sobre os primórdios de Petrópolis, 'O Mercantil'”, primeiro jornal de nossa terra, fundado em 3 de março de 1857, pelo lusitano Bartholomeu Pereira Sodré, nos dá notícia de tudo e de todos.

Não raro, encontramos naquele magnífico bi-semanário curiosidades dignas de serem transcritas, como a que, em homenagem à grande data petropolitana de 29 de junho, fazemos hoje, lembrando naquele trabalhador modelar a figura de muitos dos colonos que construíram nossa cidade.

De 'O Mercantil' de 9 de outubro de 1858:

“Causa verdadeiro prazer o visitar-se a colônia do Palatinato, pertencente ao alemão Weber. De quantas temos visto em Petrópolis, é esta a mais bem dirigida e a melhor aproveitada.
O terreno da colônia consta de duas porções distintas, uma plana e outra montanhosa e muito íngreme.

É naquela que o nosso alemão trabalha, fazendo as suas plantações de onde tira produtos para a sua subsistência e para a de sua família, constando de mulher e um casal de filhos.

Esta pequena planície, que orçamos em cerca de 3.000 braças quadradas, acha-se dividida em quarteirões apropriados aos diversos gêneros de cultura. Dois são para a plantação do centeio, um para a de aveia, uma boa porção para o plantio de batata e outra para a de hortaliças, flores, árvores frutíferas, etc.

As forças de que dispõe o colono são o casal de filhos para a horta e um cavalo ruço, sofrivelmente conservado, para o trabalho grande. Isto para o arroteamento e amanho das terras, feito industriosamente ao socorro de um pequeno arado, que é arrastado pelo ruço e dirigido pelo lavrador. Quer o cavalo, quer o senhor estão traquejados e provectos nesta espécie de serviços, entendem-se perfeitamente e vivem em paz e na melhor harmonia.

Há atualmente ali (1858) duas plantações de centeio, que cresce na altura de cinco palmos e acha-se todo espigado, sendo as espigas tamanhas e bem granadas como se fora na Europa. Esta espécie de cultura, pela sua novidade talvez, produz ao brasileiro uma curiosidade cheia de emoção e prazer, porque prova-lhe a riqueza da variedade do solo pátrio, - foi isto o que precisamente sentimos.

A horta está toda perfeitamente cultivada: há ali diversas qualidades de hortaliças e legumes, há uma excelente parreira, estendida em latada por uma larga rua, há flores lindas, muitos pessegueiros de qualidade, macieiras, etc ...

O terreno montanhoso é o quinhão reservado para o ruço, companheiro de trabalho do colono, e a produção de capim, para uma vaca que vive na estrebaria, por se achar presentemente em estado interessante.

A vivenda ou locanda da família é uma casa coberta de lousa de 30 palmos de largura e 60 de comprimento, dividida comodamente, e dentro da qual não falta a mobília, e onde o chefe da família tem uma excelente cama de cedro à moderna, perfeitamente acabada e envernizada para si e sua boa Eva.

Os trastes e esta cama são do trabalho de um filho marceneiro, que vive já sobre si.

Esta família vive feliz e goza saúde, está bem nutrida e vestida, vivendo ali mais feliz certamente que muitos Cresos.

Os filhos falam belamente o português, o pai muito mal e a mãe não pesca palavra.

Deus os proteja e sejam felizes para modelo entre colonos”.

(acervo de Gabril Kopke Fróes -http://earp.serraplanweb.com.br/site/earpgkf.htm)

sábado, 27 de abril de 2013


CURIOSIDADES – COMO VIVERAM OS PRIMEIROS COLONOS EUROPEUS QUE VIERAM PARA PETRÓPOLIS



Ao contrário do que se esperava, os colonos alemães que foram contratados para trabalhar na futura cidade de Petrópolis, e que lá chegaram em 1845, não eram especializados em obras, e nem agricultores, em sua maioria. Dentre eles haviam “muitos cozinheiros, músicos, pasteleiros, confeiteiros, sapateiros, alfaiates, bordadores e até dançadores de corda”.

A finalidade principal da fundação de Petrópolis foi “produzir para suprir a capital de diferentes espécies de frutas e legumes da Europa”. Segundo escreveu a viajante Ida Pfeiffer, em 1850, a idéia era fazer de Petrópolis parte de um verdadeiro “cinturão verde” da época, e “talvez Koeler imaginasse um pouco mais; um lugar de passagem e um entreposto comercial do Rio com Minas, Goiás e Mato Grosso; um centro agrícola, onde imigrantes europeus (alemães, diga-se) pudessem cultivar ‘os melhores produtos dos países temperados’ e uma residência de veraneio onde o Imperador e ‘a melhor sociedade’ do Rio encontrassem ‘um céu tão agradável e calmo como o do sul da Europa’. 

“Cedo, porém, o sonho do estabelecimento de uma colônia agrícola iria se dissipar”.

“Os lotes eram pequenos para exploração agrícola e o solo não se prestava para o plantio, a tudo acrescendo a pouca aptidão dos colonos para a agricultura, pois, como se viu, Delrue, o contratador na Europa, não selecionara imigrantes agricultores”.

“Uma descrição da época diz que ‘a localização da colônia não foi feita com discernimento para o que dela se esperava: compunha-se de pouca terra arável e de qualidade medíocre”.

“Enfim, não chegava a produzir para o próprio consumo, quando aqui esteve Tschud, em 1858”.

“No entanto, em 46, o presidente da província ainda estava esperançoso e, embora reconhecendo que as terras não eram próprias para as culturas já desenvolvidas no país, acentuava que eram ótimas para o feno e outras forragens, além do linho, do fumo, batatas e quase todos os cereais e árvores frutíferas da Europa”.

“Mas, já existiam na colônia - como ele diz – ‘dois engenhos de serrar, uma fábrica de cerveja, tratava-se do estabelecimento de outra de sabão; alguns colonos preparavam potassa e um alemão que se retirara da Corte tentava a criação do bicho da seda. Como se vê, tudo para consumo da própria colônia, exceto a cultura da amoreira, de que, aliás, não se teve mais notícia”.

“Salvava-se a floricultura e a chamada lavoura branca, com Jean Baptiste Binot à frente. Aliás, anos mais tarde ele iria ser premiado nas Exposições de Antuérpia e de Paris, com os produtos da sua chácara petropolitana”.

“Em 58, organizou-se uma Sociedade de Agricultura e Indústria, que procurou manter contato com congêneres estrangeiras. Mas, a colônia, como agrícola, falhou, desde logo”.

“Porém, até hoje, ainda restam alguns vestígios dos primitivos propósitos dos fundadores: no Caxambu (Quarteirão Suiço), lusitanos dedicados entregam-se à pequena lavoura e a floricultura é uma atividade ponderável. Não falemos em S. José ou Pedro do Rio, mas as chácaras da Flora Lusitana, dos descendentes de Paulo Wahner, dos Lobo, todas no centro urbano, afora a propriedade dos descendentes de Binot, e outras poucas mantém para Petrópolis o nome de Cidade das Flores. E vale acentuar que temos talvez uma das mais valiosas coleções de orquídeas do mundo, na propriedade de Guilherme Guinle”.

“E por falar em orquídeas, lembremo-nos que o Palácio de Cristal, na Praça da Confluência, foi encomendado na Europa, especialmente para servir de local para exposições de flores. Promovida pela Associação Hortícola a que aludimos, o primeiro certame nacional da espécie teve lugar naquela praça em 1875, sob os auspícios da Princesa Isabel. Repetiram-se as exposições e, em 84, foi o Palácio inaugurado com a 4ª exposição. Em nossos dias, chegou a voltar a servir à sua finalidade”.

“Não fossem as obras coloniais mantidas pela Província - que muito representaram para o futuro de Petrópolis - e que deram trabalho e ganho aos colonos, talvez a nossa cidade tivesse definhado, sem que isso queira dizer que desaparecesse. Talvez tomasse outro rumo, não tão brilhante”.

“Falhada a colônia agrícola, houve crise e muitos colonos foram até buscar trabalho noutras plagas. Mas a terra - a que o europeu principalmente tem um apego extraordinário - era um imã. É que, embora não tivessem a propriedade plena - como nós não temos hoje - eram, no entanto, donos na expressão prática - como nós somos hoje. E, afinal, eles não distinguiam sutilezas jurídicas ... Por isso, voltavam sempre e suas habilitações os iam inclinando para o artesanato”.

“As primeiras atividades industriais, por assim dizer, estão ligadas à construção. Em 46, D. Pedro mandara construir um engenho de serra, movido a água, para facilitar a obtenção de madeira para as construções. Em 48, as casas totalizavam mais de 600 das quais perto de 500 cobertas de taboinhas, em cuja confecção eram peritos certos colonos”.

“No ano seguinte o diretor da Colônia, coronel Justiniano na Silva Pimentel, sugere o estabelecimento de diferentes ramos de indústria, procurando também proporcionar empregos aos colonos. Dentre as sugestões destacam-se a de uma oficina para forjar metais, aproveitando sucata; uma fábrica de instrumentos para arar; uma fábrica de ferraduras, cravos e pregos (porque aqui passavam tropas para o interior); uma fábrica para extrair óleo de mamona e outras plantas oleaginosas”.

“Mas já haviam 5 hotéis, 36 armazéns, 5 padarias e 4 açougues, além de oficinas de marceneiros, ferreiros, sapateiros, de fabricantes de carros e outras”.

“Os hotéis - os três primeiros fundados entre 47 e 48 - localizavam-se na rua do Imperador (atual Avenida 15). 

“José Kopke Fróes descreve o Bragança - o principal – ‘com 92 quartos, refeitório para 200 pessoas, salões para baile, teatro, jogos, etc”. Junto, o Hotel de França, antigo Império, que foi absorvido. O Bragança era um magnífico estabelecimento, muito elogiado por todos os europeus que nos visitavam e que cobrava a elevada diária de 5 mil réis por pessoa ... Foi construído por um médico francês - Tomás Charbonnier, sendo administrado por sua esposa. Teve diversos proprietários e funcionou até 1924, quando foi demolido, levantando-se em seus terrenos os prédios da Ótica, Gráfica Petrópolis, Banco do Brasil, todos os da rua Alencar Lima, Banco Predial e Hotel Rio Petrópolis. Na parte térrea, existiam numerosas lojas, sendo ali instalada grande parte do comércio primitivo da cidade”.

“Aí temos outro, o Hotel Suiço, fundado por Francisco Chiffele. Foi o primeiro a se estabelecer e quem o construiu foi Koeler. No local, levanta-se hoje o prédio dos Correios”.

Havia também “O Bar e Hospedaria de João Meyer, um dos alemães do Justine. Vendia boa cerveja e sua casa era ponto de reunião dos colonos, que, depois, o elegeram para a Câmara Municipal”. 

“Depois surgiram outros, como o Hotel Moss, em 49, na rua Joinvile; (e) o Hotel Inglês, de Carpenter, na rua Paulo Barbosa, parte velha do Crédito Móvel”.

“E não esqueçamos da casa da fazenda, que foi Hotel Mac Dowall, depois Mills, mais tarde Pensão Macedo e Pensão Geoffroy, já em nossos dias, quando, lamentavelmente, foi demolida”.

Outro estabelecimento de destaque era o “Hotel Oriental, de Said Ali, mais tarde Europa. Era o hotel dos recém-casados, que ali vinham passar a lua de mel. O arquiduque Maximiliano hospedou-se nele - (aquele que seria Imperador do México e morreria nas mãos das tropas de Juarez)”.

“Finalmente, o prédio da nossa Universidade, que, nos seus primeiros dias foi o Hotel Orleans”.

“Muitos hotéis, de fato. Mas, as comunicações eram difíceis. Nos primitivos tempos da Colônia, para se vir a Petrópolis, tinha de se fazer uma verdadeira viagem. Na Praia dos Mineiros tomava-se um barco a vela e remos e seguia-se até o porto da Estrela. Sete horas de viagem, porque geralmente faltava vento e os braços escravos tinham de entrar em ação. Pernoitava-se em Estrela, numa das duas estalagens locais e, no dia seguinte, seguia-se serra acima por mais cinco horas a cavalo ou carro, fornecidos por Albino José Siqueira. A viagem custava 6 mil réis”.

“A Colonia arrastava-se, quando as obras de abertura da União e Indústria vieram injetar sangue novo nas combalidas finanças dos colonos. A Estrada Normal prosseguiu para o interior; a 12 de abril de 1856, teve lugar, em Petrópolis, a solenidade do início da construção da via que se destinava a servir de união da província de Minas com a Corte e, ao mesmo tempo, um meio para servir à Indústria. O traçado era diverso do caminho de Bernardo Proença, pois acompanhava o Piabanha pela margem esquerda e o trecho da serra era outro. Todos os requisitos da técnica de então foram empregados, inclusive o revestimento do seu leito de mais de 7 metros, com pedra britada, de acordo com os princípios do escocês John Mac Adam - o calçamento a macadame. Era a estrada de Mariano Procópio Ferreira Lage, que, à medida que avançava para o interior, ia criando estações e entrepostos, que retinham o comércio antes que atingisse Petrópolis; assim, a função de Petrópolis como entreposto comercial ia se apagando, mas a estrada compensava, porque nela se empregavam os colonos, desiludidos de sua atividade agrícola. Em 58, foi inaugurado o primeiro trecho, da Vila Teresa a Pedro do Rio. As diligências começaram a trafegar regularmente no mesmo dia. Inicialmente, duas - uma para 16, outra para 8 passageiros. Duas outras, porém, estavam para chegar da Inglaterra.
A Praça das Diligências - hoje Praça Dr. Sá Earp tinha um grande movimento. Saía-se da Corte às 6 da manhã e, ao meio dia, estava-se em Pedro do Rio.
Em 61, a estrada atingiu Juiz de Fora. O percurso era feito em 12 horas e a Mazeppa - que se encontra exposta neste Museu - a Favorita, a Amazonas e a Traviata prestavam grandes serviços”.

“As estalagens e os pontos de muda multiplicavam-se. Em Paraibuna existe, ainda, o antigo prédio que serviu de estação de muda e restaurante, no tempo das diligências”.

“Um pouco antes, em abril de 54, Irineu Evangelista de Souza - o grande barão de Mauá - inaugurara o trecho inicial da primeira via férrea do Brasil: a de Petrópolis.

“Mauá, com a sua genialidade comercial, lograra a concessão para a sua Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. As obras começaram em 52 e a seção inaugurada dois anos depois ia do porto de Mauá até Fragoso, próximo à Raiz da Serra. D. Pedro e D. Cristina percorreram os 16 quilômetros do percurso em 23 minutos, puxados pela histórica locomotiva Baronesa. No mesmo dia, Irineu Evangelista recebia o título de Barão de Mauá”.
“Mauá tinha projetos magníficos e disse na ocasião: ‘Este caminho de ferro, Senhor, não será destinado a circunscrever-se dentro dos atuais limites: e se me é lícito contar com a proteção de V. M. I., ele certamente não terminará sem que sua mais vasta estação seja colocada na margem esquerda do rio das Velhas”.

“Em 56, os trilhos atingiram a Raiz da Serra, para ali ficarem muito tempo, a serra continuava a ser o grande obstáculo - tão grande que o marquês do Paraná, ao ouvir os planos de Mauá, quanto à instalação da cremalheira, gracejou dizendo: ‘Você pensa que caminho de ferro é cabrito, para subir montanha ...”

“Porém, a Companhia fundada por Mauá conseguiria colocar a locomotiva na serra, em 83, e completar a ligação Rio-Petrópolis, graças aos engenheiros Joaquim Lisboa, Marcelino Ramos e ao petropolitano Miguel Detsi”.

“Até então, completava-se a viagem, a partir de Raiz da Serra, por meio de diligências, liteiras, cabriolets e carros, cujos cocheiros eram quase sempre alemães de Petrópolis. Gastava-se na viagem toda 4 horas: hora e meia de barca; meia hora de trem e duas horas de carro”.

“Em 56, Mauá informava aos acionistas que haviam transitado na linha férrea mais de 30 mil passageiros, produzindo uma renda aproximada de 127 contos.
A verdade, porém, é que o traçado era antieconômico, pois as rampas eram muito acentuadas. A Estrada de Ferro Pedro II, hoje Central, evitando o itinerário mais direto para vencer a serrania e passando por Paulo de Frontin e Rodeio, mais longo, porém menos íngreme, trafegava com 10 e 12 vagões, enquanto a Príncipe do Grão Pará só podia levar 2 ou 3”.

O Barão de Mauá possibilitou “um grande impulso para Petrópolis”.


“Em 1910, foi suprimido o serviço de barcas, mas o trem de ferro continuava a transportar mercadorias e veranistas. E tivemos - socialmente - o trem dos maridos, o célebre trem das 6, quando toda Petrópolis elegante desfilava na velha estação, da já então Leopoldina Railway, que adquirira a estrada. No Rio, os trilhos foram prolongados até a Praia Formosa. O Porto de Mauá feneceu, como fenecera o de Estrela”.

...

“Como se viu, a União e Industria e a Estrada de Ferro trouxeram imensas possibilidades ao burgo que D. Pedro II plantara no alto da serra da Estrela.
O clima seria, paralelamente, um fator coadjuvante do desenvolvimento”.

“Em 1849, implantou-se a febre amarela no Rio. Atacava mais nos meses de verão por causa das chuvas, das poças d’água e consequente mosquitos. Os cariocas procuraram a serra para fugir ao flagelo nos anos seguintes. O Corpo Diplomático a pretexto de acompanhar o Imperador, que, desde 1847, passara a veranear em Petrópolis, também para aqui se transferiu. Isso tudo explica aqueles hotéis, de que já falamos”.

Esses visitantes forçados, gastavam e também acabaram enamorados da cidade, como de regra sucede a todos que aqui vem. Começaram a aplicar capitais, construindo residências e iniciando negócios e, como é óbvio, os colonos foram beneficiados”.

“A sua indústria incipiente (a de queijo e manteiga foi renomada), foi se diversificando”.

“Quanto ao comércio, José Kopke Fróes, em dois artigos na “Tribuna”, assinala que, por volta de 1850, o comércio local era idêntico ao que se encontra nas pequenas vilas do interior. Casas que vendiam tudo. E, dentre os comerciantes podiam ser indicados Baltazar de Souza Machado, Justino de Faria Peixoto, Barterls & Wismer, Vitorino Rodrigues Figueiredo”.

“Um dos fundadores da Fábrica Renania, José Martins Corrêa, foi inicialmente comerciante, de sociedade com um irmão. Havia também Andreas Flaeschen, na rua do Imperador”.
“A atual Padaria das Famílias é a mais antiga da cidade, e foi fundada em 54, por José Tomé. A primeira que se abriu ao publico foi a de Vitorino Figueiredo, onde hoje é a Superball”.

“Curioso é que o negócio de padaria prosperava, embora as famílias alemães e seus descendentes possuíssem cada qual o seu forno no quintal, produzindo o delicioso ‘pão alemão’”.

“Os Almanaques Laemmert - preciosa fonte de consulta sobre os primeiros tempos de Petrópolis e de que se valeu Fróes - mencionam várias”.

“A Botica do Mota - a atual Farmácia Central, teve sua origem na rua Paulo Barbosa em 1850, com José Antônio de Carvalho, depois instalou-se na Praça das Diligências, já com José de Oliveira Mota de Azevedo, para final fixar-se onde se encontra, com passagem por vários donos, Galdino Ferreira da Costa, Monteiro e Martins, Monteiro e Werneck, que venderam á firma atual”. 

“Existia também outra farmácia, de José Pinto da Silva Junior, na rua do Imperador”.

“Os Rittmeyer - Carlos e Augusto - fundaram, em 1850, uma joalheria e relojoaria na rua Bourbon (João Pessoa). É o estabelecimento comercial mais antigo de Petrópolis e ainda hoje funciona galhardamente sob a direção de herdeiros dos fundadores”.

“José Sieber era gravador habilíssimo. Seus trabalhos podem ser vistos no Museu Imperial e, na Exposição do Colono, promovida pelo Instituto Histórico, recentemente, estiveram em evidência. Por sua causa, o diretor da Colônia em 57, Sérgio Marcondes de Andrade, sugeria o estabelecimento de uma fábrica de vidros, para aproveitar a fonte de matéria prima de cristal da Mosela”.

“Outro grande artista era Carlos Spangenberg - que além de agricultor e construtor, dedicou-se à escultura em madeira e osso, produzindo, entre outras obras de arte, as célebres bengalas de Petrópolis, conhecidas até na Europa. Suas obras foram premiadas em exposições de Londres e Paris”.

“Possuía, ainda, a Colônia, um estatuário, o italiano Luigi Boronto”.

“Outro gravador, era Eugênio Coulon”. 

“E quando a fotografia engatinhava, em 77 Pedro Hess dedicou-se à arte, tirando fotos célebres”.

“Haviam os comissários, que remetiam café recebido das fazendas próximas a Petrópolis para o Rio. 300 mil arrobas passaram num só ano por Petrópolis”.
“Três açougues abasteciam a população em 50: o de Tomás Tavares Bastos, o de Jacques Chevalier e o de Biot. Note-se a presença de vários nomes franceses nos primeiros tempos de Petrópolis. Com a indústria, depois de 70, iriam chegar os italianos. Os portugueses eram da casa e os sírios estão sempre em toda a parte do mundo”.

“Voltando aos açougues, em 54, aparece mais um francês no ramo: o senhor Vernescout”. 

“Não sei o que houve, mas, em 58, há a intervenção do poder público na atividade privada desse ramo, abrindo-se um açougue público, no n. 5, da rua do Imperador. André Kozlowski esteve estabelecido mais de 40 anos, desde 59, na rua do Imperador 31, com um açougue que era procurado por todos quantos visitavam Petrópolis para levar para o Rio as afamadas linguiças e salsichas de Petrópolis”.

“Em 57, Petrópolis possuía 63 estabelecimentos comerciais, e em 58, 86 oficinas”.
“Os calçados de Petrópolis sempre tiveram fama. Eram feitos sob medida e de 50 a 54 vamos encontrar 6 especialistas”.

“Carlos Taul era o único alfaiate da Colônia até 52. Depois, houve inflação de artistas da tesoura”. 

“Os fígaros não tinham grande futuro: as barbaças eram moda. Por isso Antônio Duarte Ferreira e José Pinto de Oliveira estiveram sozinhos até 59”.

“Os Schaeffer estiveram estabelecidos desde 54 até 1912 com uma casa de ferragens no hoje principal ponto da cidade - o D’Angelo”.

“O comércio, depois da era da Colônia, foi se desenvolvendo com relativa lentidão”.

“Petrópolis era bucólica, serena, com uma fisionomia urbana própria, convidando ao repouso, ao retiro e ao aconchego”.

“O comércio acompanhava o ritmo. Mesmo porque não obtinha crédito fácil. Sem crédito, não há atividade econômica ponderável. Haja vista que o primeiro banco instalou-se em Petrópolis só em 95 - era o Banco do Estado do Rio, dos Franklin Sampaio, (na esquina do Banco Construtor) que funcionou até 1911, a filial da Caixa Econômica, em 1911, o Banco Alemão Transatlântico-filial, em 1913 (onde é a Padaria Elite)...”

“Antes, só uns poucos correspondentes, sem autonomia, para fazer cobranças, principalmente. O Banco Popular de Petrópolis, de que era gerente Euclides Raeder, funcionou entre 18 e 19. E o Banco de Petrópolis - uma sociedade cooperativa, fundada em 19 e que funcionou até 1931 - desempenhou uma grande função. Tinha à frente, quando se organizou, os srs. Seabra, Condé e, como presidente, o dr. Eugênio Barcelos. Este passou a presidência logo depois ao sr. Osório Magalhães Sales. O Banco faliu 12 anos depois e tudo resultou de uma precipitação, pois basta dizer que o Banco, na falência, pagou 75% aos credores. Vieram depois os bancos mineiros que aí estão, sendo que o Banco do Brasil instalou-se em 1932 no prédio do ex-Banco de Petrópolis.
A menção das datas foi necessária para se compreender porque o comércio não se desenvolveu convenientemente até 30”.

“Quando os veranistas subiam, acompanhando o Imperador - mais tarde o presidente - ou fugindo à canícula e a febre amarela, o comércio se animava: tinha de ganhar para sustentar a queda dos negócios nos oito ou nove meses seguintes”.

“A Corte era próxima e quem subia para a temporada comprava na Capital.
Assim mesmo, a presença de uma população requintada, determinava atividades novas e o comércio de gêneros alimentícios e de objetos de consumo tinha de atender ás necessidades imediatas dos veranistas. Por seu turno, a população local constituía um mercado consumidor pequeno. O recenseamento de 72, acusou 15 mil habitantes em todo o município, inclusive distritos”.

“A verdade, porém, é que a população não era abastada. Morigerados, os alemães e seus descendentes estabeleciam o gabarito de uma vida simples e sem desperdício”.

...

“Quanto à indústria, já se viu que o artesanato dominou os primeiros anos da vida petropolitana”.

“Os colonos tiveram de fazer tudo, quando aqui chegaram e, felizmente, entre eles havia magníficos artífices”.

“Desde logo, a necessidade de móveis faz surgir as fábricas de móveis e as oficinas de marceneiros, numerosas. Dentre eles, lembraremos alguns, cujos descendentes ainda se encontram entre nós, como Conrad Vogt, José Zimmerman, Guilherme Nicolay, Theodoro Eppinghaus”.

“A Casa Gelli surgiu em 1897”.

“Thomaz Holden fornecia tijolos e telhas, inclusive para as obras do Palácio.
Henrique Krammer, com as suas taboinhas, fazia concorrência ás telhas, tendo Carlos Lange a disputar a mesma clientela, com as suas coberturas de zinco. Krammer, ainda, se encarregava de coberturas de vidro e fabricava cerveja.

“Frederico Eppelscheiner encarrega-se de fornecer artigos de serralheria e Nick Eshternacht, N. Faulhaber e Augusto Shoen fabricavam carros”.

“Os facões e instrumentos semelhantes eram fabricados e afiados por João Nicolleau e Julio Geolais tomava a si a responsabilidade de zelar pelo conforto dos colonos, provendo-os de colchões e móveis estofados”.

“Os colonos, depois de um dia estafante, necessitavam distrair o espírito e, assim, em 58, iam jogar bilhar na casa de João Descheper, na Praça das Diligências. Ali tomavam a sua cerveja, que era fabricada inicialmente por Carlos Rey & Cia., na Vila Teresa, e, depois, também por Augusto Chedel e Henrique Leiden. Timóteo Duriez e Pedro Gerhardt também fabricavam cerveja. Aliás, neste assunto de cerveja, é curioso assinalar que, em 53, as duas fábricas de Carlos Rey e Chedal produziam 6 mil garrafas por ano.


(CLAUDIONOR DE SOUZA ADÃO, Viação, Indústria e ComÉrcio, acervo de Gabriel Kopke Fróes -http://earp.serraplanweb.com.br/site/earpgkf.htm)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A FAMÍLIA DO COLONO FREDERICO EPPELSHEIMER







sexta-feira, 19 de abril de 2013

OS COLONOS DA FAMÍLIA HEHN



Conforme consta da "Relação dos colonos alemães vindos por conta do governo da província do Rio de Janeiro, e que existem atualmente em Petrópolis", expedida pela  Diretoria da Imperial Colônia de Petrópolis, em 27 de Dezembro de 1859, publicada na Tribuna de Petrópolis, edição do dia 1o de janeiro de 1958, dentre as 362 famílias de colonos que então ali se encontravam, havia a de JOSÉ HEHN, que imigrou da Alemanha acompanhado de sua mulher e de três filhos, e Paulo Hehn, solteiro. 

Ao colono PAULO HEHN coube o Prazo de Terras nº 3411, do Quarteirão Presidência, enquanto a JOSÉ HEHN, o de nº 1415 do Quarteirão Renânia Inferior.

Segundo o professor Jeronymo Ferreira Alves Netto (1), o descendente de colono PEDRO HEHN, cuja filiação ainda ignoro, era empreiteiro experimentado, tendo dado início às obras de construção da Igreja de Santo Antônio do Alto da Serra, inaugurada em 25.6.1905, edificada em terreno adquirido do Sr. Manoel Joaquim Valladão, com uma área de 100 metros de frente por 100 metros de fundo, que, entretanto, teve que se afastar de suas atividades em decorrência de enfermidade de sua esposa.

Outro descendente ilustre foi a Irmã de caridade MARIA JOSEFA WEBLER, nascida Catarina Isabel Webler, aos 24/01/1886, em Petrópolis, filha de JOHANN WEBLER e de CATHARINE HEHN, tendo como avós paternos os colonos GEORG CHRISTIAN WEBLER e CATHARINE BULBACH e, maternos, os colonos JOSEPH HEHN e ANNE MARIE JOHANN. Tendo ingressado em 14/07/1908 na Congregação, em 05/01/1909 foi admitida ao noviciado, e, em 19/04/1911, professou os Votos Perpétuos, ocorrendo em 18/04/1971 o seu jubileu de diamante. A Irmã Josefa era costureira e, durante muitos anos, confeccionou paramentos e alfaias para a Capela do Colégio Santa Catarina e para muitas outras Capelas e Igrejas de Petrópolis, até seu falecimento, com 86 anos de idade, em 13/03/1973, em Petrópolis, tendo sido sepultada no jazigo perpétuo da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, no Cemitério Municipal de Petrópolis (2).



(1) Instituto Histórico de Petrópolis
(2) Acervo Histórico de Gabriel Kopke Froes