domingo, 7 de outubro de 2012

FAMÍLIA DE COLONOS WINTER

1. A família de colonos alemães Winter é uma das mais tradicionais que vieram para a Imperial Colônia de Petrópolis. Segundo um manuscrito do Arquivo da Superintendência da Fazenda Imperial, que abrange os colonos chegados até 1859, pesquisado por Guilherme Auler, foram distribuídos o Prazo de Terras nº 2.446, do Quarteirão Vila Teresa, ao colono Henrique Winter, e, o de nº 3.811, do Quarteirão Darmstadt, a Frederico Winter.

Chegados em Petrópolis entre o período de 29.6.1845 a 31.12.1846, Henrique Winter veio na condição de viúvo, com uma filha.

O descendente Pedro Winter, juntamente com o também descendente Carlos Loos, foram os primeiros a  estabelecerem-se no Quarteirão Darmstad, com o ramo de armazém, onde as famílias passaram a poder comprar arroz, feijão, farinha e carne seca, mudando em muito seu cardápio. Consta que os fregueses podiam receber em casas as mercadorias, que eram-lhes entregues por um empregado em uma carroça puxada por um animal, pagando a conta somente no final do mês.

2. Membros da família Winter foram também para o sul do País, como por exemplo, os descendentes de Johann Winter Filho.

"Nossos antepassados, em tempos remotos, emigraram da Alemanha para a Rússia.

Dos nascidos na Rússia, Johann Winter Filho (João Winter), emigrou inicialmente sozinho para o Brasil, vindo da Wolynia (Rússia – hoje Iugoslavia), para trabalhar numa fazenda de café em São Paulo, em substituição aos escravos recém libertados. 

Esse nosso antepassado, além do alemão materno, falava russo e polonês.

Na fazenda paulista, logo galgou o posto de cozinheiro, uma espécie de “ascensão social”.

Quando terminou de pagar sua passagem, mandou vir a família, que havia ficado na terra de origem. Mas não quis que ela ficasse em São Paulo e a instalou em Blumenau/SC, onde nasceu meu avô, Paulo Winter.

Quando o imigrante Johann Winter Filho terminou de pagar todas as passagens, deixou São Paulo, pegou sua família em Blumenau/SC e foi se instalar no “Alto da Serra Gaúcha” na região de Ijuí/RS, Linha 8, onde comprou uma colônia de terras (24 ha.) e trabalhou na agricultura.

Sabe-se que tinha uma “ferida aberta”, que nunca cicatrizou totalmente, numa das pernas e certo dia, arando a terra com um arado de cavalos, uma raiz se soltou da terra e bateu nessa ferida. Conta-se que “morreu de dor”.

Posteriormente, a maioria dos seus filhos adquiriu terras numa “colônia nova” que se estava abrindo na “Linha 28” e Linhas vizinhas, hoje município de Ajuricaba/RS.

Da região de Linha 28, Ijuí e Ajuricaba/RS, muitos Winter, entre os quais meu pai Arthur Winter, emigraram para o então sertão do Oeste do Paraná, atraídos pelo sonho de ficar rico plantando café. 

O Oeste do Paraná, mesmo com as terras mais férteis do mundo, não tinha o mesmo clima do Norte do Paraná, onde o café era chamado de “ouro verde”, face à riqueza que proporcionava.

Em 1955, a “Geada Negra” acabou com o “sonho Eldorado”. Naquela manhã, quando o sol surgiu, depois de três dias de chuvas, seus raios se refletiam brilhantes nos cristais de gelo, queimando os jovens cafezais, as economias e a quimera de todos, crispando os corações de desilusão e dívidas.

           Mas a saga desbravadora logo se recobrou, mesmo inicialmente passando necessidades, vivendo de palmito, caça e da agricultura de subsistência, os Winter, juntamente com os demais imigrantes gaúchos e catarinenses, logo desenvolveram outras culturas agropecuárias, progrediram e ajudaram a construir cidades que hoje são destaque de qualidade de vida, segundo o índice de desenvolvimento humano, IDH da ONU.

Desde o primeiro imigrante, a saga desbravadora se transmite de geração em geração e, hoje, não há um lugar no Brasil, onde não exista um Winter trabalhando para “melhorar de vida”, ajudando a construir um país melhor para seus filhos e para todos os brasileiros." (texto provisório compilado por Elio E. Winter) (http://familytreemaker.genealogy.com/users/w/i/n/Elio-Edvino-Winter/index.htm)

3. Fotos da família Winter em Petrópolis e no sul do Brasil:




Conjunto musical da família Winter (menos o gaiteiro) em São Leopoldo, Rio Grande do Sul (1920)





Família de Felipe Winter e Cristina Adams, de São José do Hortêncio, Rio Grande do Sul (década de 1890)

4. Fotos da família Winter em Petrópolis:


Bodas de Ouro de Pedro Winter e Clara Bläeser Winter na casa da família no Quarteirão Darmstadt (6.9.1922) 







Bodas de Ouro de Pedro Winter e Clara Bläeser Winter (6.9.1922)





Pedro Winter



7 comentários:

  1. Muito orgulho dessa família de lutadores🙏

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  2. Também tenho orgulho do sobrenome Winter pois dou um deles moro em Luis Alves SC

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  3. Tenho curiosicade de saber mais sobre os meu sobrenome meu pai nasceu em Luiz Alvez Winter com orgulho

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  4. Sou Luiz Claudo Winter sou tatara neto de Pedro e clara Winter.sou nascido em Petrópolis e tenho muito orgulho de toda história dos imigrantes...há muitos anos tenhouma clinica e vivo com.minha familiaem Cabo frio..sou fisioterapeuta.Sempre q posso vou encontrar meus primos em Petrópolis

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    1. Olá, Luiz Cláudio! Busco informações sobre nossa árvore genealógica. Sou bisneta de Ana Maria Winter e Elpídio Gomes, e neta de Sérgio Winter Gomes... Você teria alguma informação sobre os antepassados antes dos que mencionei? Caso tenha interesse, entre em contato comigo no email: juwinterg@gmail.com

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  5. Olá o sr.valentino winter,então falei na década de 70. Qual era o grau parentesco dele nessa família?

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  6. Sou bisneta de Ana Maria Winter e Elpídio Gomes, e neta de Sérgio Winter Gomes (irmãos: Yeda Winter Gomes, Edson Carlos Gomes, Vanilda Winter Gomes e Ana Maria Gomes)... Busco informações de antepassados antes dos que mencionei!!! Caso alguém possua ou tenha interesse, entre em contato comigo pelo email: juwinterg@gmail.com

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